
O tema da soteriologia é a área da Teologia Sistemática que trata da doutrina da salvação humana.
A soteriologia é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos [Soterios], que significa "salvação" e [logos], que significa "palavra", ou "princípio".
Cada religião oferece um tipo diferente de salvação e possui sua própria soteriologia, algumas dão ênfase ao relacionamento do homem em unidade com Deus, outras dão ênfase ao aprimoramento do conhecimento humano como forma de se obter a salvação.
Cristianismo
No cristianismo a salvação é estabelecida através de Jesus Cristo. A soteriologia no cristianismo estuda como Deus separa as pessoas condenadas pelo pecado e os reconcilia com Deus. Os cristãos recebem o perdão dos pecados, vida e salvação adquirido por Jesus Cristo através de seu sofrimento inocente, morte e ressurreição após sua morte. Esta graça da salvação é recebida sempre pela fé em Jesus Cristo, através da palavra de Deus.
Alguns cristãos acreditam que a salvação é obtida a partir deles e da vontade de Deus (Sinergismo), outros crêem que a salvação parte da vontade absoluta de Deus e o homem pela fé é incapaz de resistir (Monergismo).
Protestantismo
Dentro do protestantismo há diversas vertentes, sendo as mais destacadas o Arminianismo e o Calvinismo (cada uma delas admitindo subdivisões).
O arminianismo tem esse nome devido ao seu precursor Jacobus Arminius. É a crença soteriológica comum a muitos grupos evangélicos, como os Metodistas, Assembleianos, alguns grupos da Igreja Holiness, e mesmo alguns anglicanos.
A posição calvinista tem esse nome devido ao teólogo protestante João Calvino. É a crença de diversas denominações tradicionais, como os Presbiterianismo, Anglicanismo e alguns Batistas.
Arministas X Calvinistas
O debate "calvinista-arminiano" foi uma disputa entre protestantes holandeses no início do século XVII. Os pontos teológicos em questão permanecem como a base de discordâncias entre alguns protestantes atuais, especialmente os evangélicos.

Estes debates remontam de alguma forma a Agostinho de Hipona em sua batalha com os pelagianos no século V sobre as bases teológicas da soteriologia, incluindo depravação, predestinação e expiação. Pelágio foi um monge britânico que viajou a Roma por volta de 400 d.C. e ficou estarrecido com o "comportamento laxista" dentro das igrejas. Para combater esta falta de santidade, ele pregou um Evangelho que inicia com a justificação somente pela fé.
Doutrina Luterana
Segundo Martinho Lutero, o Homem nasce por natureza distante de Deus, e cabe a este aceitar ou não a salvação por meio do sacrifício de Cristo Jesus confessando-o como seu único e suficiente salvador conforme escrito em Romanos 10.9
"Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;"
Essa salvação vem por meio da fé e não por obras.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" Efésios 2:8-9
mas como afirma o texto em Tiago 2:17
"Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma."
" sendo assim as obras são complementares á salvação, mas não a torna como único meio para atingi-la, ou seja, o cristão deve executar boas obras por ser salvo e não para se salvar".
Lutero enfatiza também, o livre arbítrio onde cada um tem o direito de tomar suas próprias decisões, mas sempre lembrando que estas terão as suas consequências. Fica claro que o cristão, segundo a visão Luterana, não está predestinado á salvação, mas os seus atos é que irão defini-la.
"Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" Gálatas 6:7.
Sendo o homem um ser corruptível, está sujeito a erros, mas mesmo assim pode contar com sua salvação a partir do momento em que arrepende-se de seus pecados e os deixa.
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e para nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9
Tiago não diz que para ser salvo é preciso as obras, mas ele fala da evidência que a genuína fé produz. Se uma pessoa diz ter fé e não produz algo peculiar a esta fé, como pode haver fé sem produzir nada?
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